PostDateIcon Qua, 19 de Janeiro de 2011 00:00 | PostAuthorIcon Autor: Ruy Galvão de Moura Lacerda | PDF Imprimir E-mail
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Se este rio falasse, assim diria:
ANTES … que vocês existissem, eu já estava aqui colocado por Deus, extenso, limpo e transparente, criador e mantenedor de ricos mananciais, com abundante fauna, e dominador benfazejo de margens de vasta extensão de terras desconhecidas, guarnecidas de florestas e de prados virgens, quando os primitivos homens me conheceram e receberam de mim alimento e conforto.
DEPOIS … vieram novos conquistadores: os jesuítas salvando almas e os bandeirantes á procura de ouro em monções sobre o meu leito desenvolveram-se pelos rumos de meu percurso, expandindo as fronteiras deste País e nele construindo povoados e muitas cidades. Assisti os movimentos históricos desenvolvidos, porém, o resultados de todas as conquistas e progressos, foi-me.
AGORA … o lixo e a poluição lançados ás minhas margens e espaços de meu leito, tornando-me injustamente acusado e tido como culpado de uma situação calamitosa, entretanto provocada unicamente pelas atividades humanas, como podem bem atestar os veteranos Clubes Espéria e Tietê.
Salvem-me e salvem-se todos quantos tenho beneficiado na Cidade de São Paulo e nos campos; despoluindo-me façam justiça, pois persisto em meu sagrado destino a Mansidão da minha correnteza com a Fortaleza da minha Perseverança a melhores dias futuros da natureza e humanidade.
Lembrem-se: fui sempre o histórico rio, engrandecendo São Paulo e o Brasil e conhecido com ternura como o bom amigo.
a)Rio Tietê
Cl. Ruy Galvão de Moura Lacerda
Jornalista e Poeta – Set°. 91
Emancipador e membro do
Lions Clube de Osasco