Sáb, 14 de Maio de 2011 00:00 | PostAuthorIcon Autor: José Luiz Capp | PDF Imprimir E-mail
Memórias da Cidade
Sabemos que dos clubes esportivos osasquenses sairam grandes campeões de diferentes modalidades atléticas. Mas vou falar particularmente de um reconhecendo também a importância dos demais. Com relação a esses não me sinto à vontade para fazê-lo por não conhecer bem suas histórias, podendo assim subestimá-las.
Do que vou falar participei pessoalmente da sua histórica trajetória em nosso município, aliás quando eramos ainda um modesto subdistrito de São Paulo.
Há tanto a dizer que terei que desdobrar esta crônica em capítulos, como se fosse uma novela.
Escolhí como ponto de partida a narrativa de um fato não muito conhecido: o de que tivemos em Osasco, no passado,um jornal que nasceu nesse clube. O jornal: “A VOZ DE OSASCO”. O clube: ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA COBRASMA, então presidida pelo confrade Dr. Albertino Souza Oliva.
Isso se deveu ao idealismo de um grupo de amigos, colegas de trabalho, dentre os quais destacamos as figuras de Mário Torres Jr. – emancipador, João Tavares Friestino (ora residindo em Campinas), Ângela Martha Pereira, Antonio Carlos Lupinacci, falecidos, e este que vos fala.
Parece-me que o amigo Mário Torres Jr. doou alguns exemplares desse mensário ao acervo histórico da Ordem.
Esse mensário era preparado com muito carinho no âmbito da AAC-Associação Atlética Cobrasma. Divulgava notícias esportivas, calendário de jogos, conquistas, pequenas entrevistas, coluna social, pequenas crônicas, poesias, etc. Era mantido pela AAC.
Seu “boneco”, esqueleto ou formatação era feita pelo grupo a que me referí que se revezava na execução dessa tarefa. Trabalho amadorístico mas feito com muita dedicação e capricho.
“A Voz de Osasco começou a crescer. Sua circulação extrapolou as áreas do clube indo parar nas bancas de jornais do centro de Osasco para distribuição gratuita.
E aí surgiu uma ideia: angariar pequenos anúncios de fornecedores da AAC, farmácias e outros estabelecimentos comerciais que desejassem anunciar seus produtos ou serviços, visando assim reduzir o custo do mensário. Assim foi feito.
Porém, certo dia, o João Tavares Friestino e eu fomos chamados à sala do colega Albertino. Lá estava um representante da Associação Paulista de Imprensa. Questionou-nos sobre o jornal, sua preparação, distribuição, etc.
Após ouvir-nos atentamente disse ele: “Está bem, vocês podem prosseguir com o jornal mas têm que estar credenciados para tanto. Vou providenciar carteira de jornalista para vocês”.
Algum tempo depois, cumpridas algumas formalidades simples, recebemos nossas carteiras.
Fazendo “bom” uso da minha carteira, entrei várias vezes no Cine Osasco, então o único do subdistrito para assistir filmes de faroeste estrelados por Roy Rogers, Jonhy Mc Brown, Buck Jones, Tim Holt, Charles Starret, Alan Ladd, John Wayne e outros heróis do “far-west”. Ao passar pelo porteiro exibia minha carteira, acrecentando “imprensa”! No meu bolso um saquinho de amendoins comprado na porta do folclórico Jacó, há pouco tempo lembrado por uma fotografia enviada pelo amigo Vadir.
Vejam só a falta de juízo de um jovem campineiro, agora osasquense por amor e adoção, entrando sem pagar no histórico Cine Osasco da não menos histórica Família Collino.
Fatos pitorescos como esse existem “à beça” (expressão que tomo por empréstimo do amigo Tonato). Sim, na cabeça dos osasquenses veteranos, a quem estimulo trazer suas narrativas para a seção “Palavra do Leitor” deste site.
“Sweet memories” como canta Ray Charles em seu “hit” “Georgia on my mind”
Osasco “on my mind”, canto eu concluindo…